STATIONCRITIC: 'Ultrajes de Uma Garota de Programa + Testes Vocacionais' mostra que, como cantora, Beth é uma ótima criadora de memes.

Quando se é um artista de peso, conhecido por ótimos discos e singles de alta qualidade, sempre existe muita pressão para que o nível seja mantido, e foi isso que aconteceu com Beth Thunder e o seu 'Ultrajes de Uma Garota de Programa + Testes Vocacionais'.

Depois de lançar dois álbuns divergentes de sonoridade, mas, ao mesmo tempo, igualmente ótimos, a hitmaker de 'Monarca' anunciou que estava em produção do seu terceiro disco de estúdio e, inicialmente, ele era bem promissor.

Ultrajes iria contar relatos da história de uma garota que fica alucinada após usar muitas drogas e afirma ter sido abusada sexualmente de um extraterrestre, mas depois descobre que tudo isso não passa de uma mentira, mas ao fim da história ela realmente estaria grávida do extraterrestre. Enfim, seria uma grande história a ser contada num álbum que teria, aproximadamente, entre 10 e 16 faixas.

Porém, como nem tudo são flores, Beth foi se enrolando e o álbum, que era pra ter saído em 2015, acabou se tornando um EP de 7 faixas, lançado em março desse ano, e o pior de tudo: sem a temática prometida. Mas, talvez nem tudo esteja perdido. Confira, sem mais delongas, a nossa resenha faixa-a-faixa do material:

01. Whats My Name? (Beth) (ft. Mark Jones)
Quem aqui lembra da icônica introdução do "Psicodelia" que tinha Beth conversando ao telefone com uma mulher de mesmo nome? Pois bem, essa canção traz aquela mesma mulher, porém, dessa vez sua voz foi solta aleatoriamente durante a faixa que traz Beth elogiando os maiores dotes do seu companheiro. Com uma letra nonsense e uma produção um pouco bagunçada, o ponto forte da faixa fica para a instrumental, que a propósito é bem conhecida (considere a nota máxima desse álbum como 98 a partir de agora).

02. Falsa
Quando lançada, essa canção balançou as estruturas do mundo virtual e os motivos são óbvios: É uma disstrack, o que levou todo mundo a se perguntar quem era a atacada em questão e o refrão viciante "Falsa aaaaaaa" levaram a faixa ao sucesso. Comercialmente falando, "Falsa" era tudo que o disco precisava para atrair atenção, mas, musicalmente falando, ainda que seja superior a faixa anterior, não tem a mesma qualidade das músicas dos discos antecessores, o que é bem preocupante se for pensar que ainda estamos na segunda canção do material.


03. A Putinha Chegou
Chegamos ao ponto mais alto do disco, comercialmente falando. "A Putinha Chegou" foi o terceiro single promocional do disco e foi a faixa onde Beth realmente se libertou dos seus dois primeiros materiais e assumiu sua nova personalidade, mais farofeira do que nunca. A canção é atraente pela letra fácil de se gravar e pela esperta repetição de palavras e até o icônico "K K K K" cantado ao longo de toda a música. Diferente das duas primeiras faixas, aqui a produção se mostra equiparada aos seus outros discos, acho que estamos indo a algum lugar. 


04. Confeitaria Chuvisco
Em 2015, Beth nos apresentou a "Confeitaria Chuvisco", que era, nada mais, nada menos, que realmente uma confeitaria que carregava o nome da Beth com o objetivo de zoar com o nome de outros artistas. E nada melhor do que fazer uma música pra enaltecer MAIS AINDA a tal confeitaria, não é mesmo? Bom, se a faixa tivesse sido melhor trabalhada não teria problema nenhum mesmo. Mas a questão é que a canção é basicamente uma versão musical de tudo o que Beth já havia falado em seus 200 comerciais de divulgação da Confeitaria Chuvisco, portanto, não acrescentou em nada ao material e nem chegou a ser algo cômico, pois nós já havíamos ouvido essas piadas antes. Outro ponto que não colaborou para que a faixa atraísse nossos ouvidos foi a sua produção, que se demonstrou bastante inconstante e até um pouco estourada. 


05. Manifesto da Putaria
E então chegamos ao ponto menos interessante do disco. "Manifesto da Putaria" teve todas as colaborações possíveis para dar totalmente errado. A instrumental, que já havia sido usada por outra cantora alguns meses antes, acabou ficando saturada, a produção ainda inconstante e a letra bem nonsense foram os pontos mais fortes para levar esta faixa ao fiasco. A propósito, quem mais achou a letra bem parecida com "International Day of Prostituição" da Naomi Fox em alguns momentos? Não é possível que tenha sido só eu. 

06. Não Vou Nesse Evento
Parece que a Bethina realmente adotou a ideia de trazer seus próprios memes para suas músicas, mas, pelo menos dessa vez a faixa chama um pouquinho de atenção. "Não Vou Nesse Evento" tem uma instrumental atrativa e uma letra genialmente preguiçosa que acaba dando certo pelo fato da canção não ser tão longa. Mas só, não tem outros pontos positivos a acrescentar, pois a faixa não passa de uma versão musical do meme que a própria Beth criou. Se isso viesse de uma novata que estaria buscando por atenção em seu primeiro material, até seria aceitável, mas vindo de uma cantora que tem dois ótimos álbuns nas costas, ficou bem pesado.

07. Garota Orgânica
Eu ouvi mais um meme? É isso produção? É, é isso sim. "Garota Orgânica" tem uma letra bem preguiçosa, assim como a da faixa anterior, mas que encaixa perfeitamente na instrumental, que, a propósito, não é tão atrativa. Com a produção um pouco melhor desta vez, sem áudios estourados, a faixa fica só na representação musical de outro meme que a própria Beth criou. 

***

Ao fim do disco, nós chegamos a conclusão de que, como cantora, Beth é uma ótima criadora de memes. A parte chata desta história é que Beth, de fato, é uma ótima cantora, mas isso acabou sendo deixado nesse EP cheio de representações baratas de memes que a própria havia criado no ano de 2015. "Ultrajes" tinha um ótimo conceito elaborado para sua proposta inicial, mas acabou sendo descartado para se tornar um disco feito simplesmente para enaltecer a carreira de "criadora de memes" da sua intérprete. 

A boa lição que podemos tirar deste álbum, é que até os artistas de grande renome têm a sua fase ruim, não sabemos o que ocorreu com a Beth neste disco, talvez tenha sido um bloqueio criativo, ou talvez tenha sido simplesmente uma vontade repentina de hitar sem fazer esforço, mas nós conhecemos a Beth e todo o seu potencial e sabemos que com um pouquinho mais de dedicação, ela pode voltar aos eixos. 

  1. A tenebrosa da Beth que vocês gostam tanto de zoar trouxe inovações ao Pornopop como criar um regime ditatorial diferenciado onde apenas suas moderadoras são vencedoras de prêmio, trouxe memes esquecíveis e depois não aguentou retaliação, trouxe uma das maiores obras primas do pornopop, o “Tenebrism” que recebeu certificado de disco lantejoula pelas 0 pessoas que realmente ouviram o álbum inteiro, recebeu nota -1 no Metacritic quebrando o record como a única cantora feia a receber nota negativa, além de tudo, ainda por cima, é conhecida por ser uma das cantoras mais imparciais do RPG, visto que, vendo que nunca seria aclamada, fundou seu próprio Metacritic, o “Mundinho Beth Thunder” onde apenas ela mesma e a sua VELHA amiga Gabi, com seus álbuns que soam como qualquer merda ruim que ela sempre lança desde 2012 recebiam notas altas, enquanto outros ótimos artistas eram estraçalhados, mas Régeth Tadhunder continua jurando que é uma ótima crítica de música, já que a sua percepção de arte é aguçada como a percepção gastronômica de um rato do Joanne Trattoria. Ela também foi eleita pela FORBES como a cantora de carnaval mais imemorável de todos os tempos e ainda por cima lançou 2 hits imemoráveis que ela canta repetidamente em seus shows por falta de repertório, se as coisas continuarem desse jeito, ela terá que virar chacrete no bloco da Preta Gil. Dona de uma discografia imemorável, fotos beirando o ridículo e um talento que se pode ser encontrado em qualquer beco da Rua Augusta ou no banheiro da Select Pub, a boneca voodoo Bobeth Esponjhunder não passa de uma junção de tudo que não presta no Oddcast, com uma prepotência imensurável e um talento completamente inquestionável, já que temos provas concretas de que o mesmo é inexistente. Então, por favor, respeitem a Beth, porque vocês chegarão aos pês dela.

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