Kelly Dee apareceu como uma promessa no Oddcast. Atualmente ela mostra que veio para ficar e que cumpre todas as promessas. Com 'Realidade' a cantora garantiu aclamação da crítica, do público e das vendas, rendendo diversos prêmios. Seu álbum de estreia, 'Matrix', se mostra como um dos melhores lançamentos do ano e que movimentou o RPG recentemente, isso lhe rendendo o destaque do mês de junho na Radio Station Virtual. Agora a cantora estampa a edição de Julho da Station Magazine e vem nos contar mais sobre sua era.
Olá, Kelly, é um prazer ter você novamente aqui na Station Magazine. Na primeira vez que esteve, você compartilhou espaço com Zofia e Amala. Na edição, você falou estar preocupada em se consolidar como artista por aqui no RPG. O que mudou?
Muito obrigada pelo convite, fiquei muito honrada. Bem, eu ainda não tinha lançado meu álbum de estreia, tinha medo de acabar me tornando esquecível, não trazer um trabalho bom e ser deixada de lado, agora me sinto mais segura, consegui trazer um trabalho muito bom, recebi muitos elogios, e isso me ajudou a me dar forças e inspiração para o meu segundo álbum, que já comecei a planejar.
Sendo atualmente um dos nomes mais conhecidos no Oddcast, você acredita que sofre com alguma pressão? Existe o medo de falhar em algo?
Acho que por ser IMPOP, ainda mais nessa época, é uma pressão maior... Sinto que se o que eu fizer não for perfeito, não irão mais ver nada meu. O quarto single/clipe do Matrix foi planejado para ser lançado no BRIT Awards, mas não gostei do resultado e adiei pro dia seguinte, novamente não gostei e agora gravei cenas novas, novas cenas nos cenários antigos, e agora sinto que estou criando um trabalho muito bom, e sinto que posso lançar ele em breve sem peso na consciência ou medo de errar. Estou mais confiante e sentindo que estou indo na direção certa, que a melhor versão de mim, vai ser aquela que eu me sentir bem e outros a minha volta também, digo de uma forma feliz, não de uma forma de mudar meu jeito de ser pelos outros, mas se não causa mal a ninguém e estou feliz, então estou bem, as pressões diminuem na minha mente, o medo de falhar diminui.
Você lançou seu primeiro e aguardado álbum em maio deste ano, o que lhe rendeu o destaque do mês de junho na Radio Station Virtual e também um grande nome para ser a capa da nossa revista. Como foi o processo criativo e como foi trabalhar no seu álbum Matrix?
Matrix foi um processo bem conturbado, inicialmente, cotado para se chamar “Conclusões”, e ter seu segundo single uma faixa chamada “Perfeição”, abandonei seu processo duas vezes pela falta de instrumentais. Pensei em desistir dele, pensei em fazer um extended do meu EP do Seguir em Frente, chamado Seguir, por medo de não conseguir trazer uma trabalho como o SeF foi ou não trazer boas músicas como consegui trazer Realidade e Navio de Condolências. Matrix foi a terceira faixa escrita, e sua letra foi inspirada numa colaboração descartada que eu tinha com Victoria Dyer, tanto que ela também é citada como a terceira compositora. Lembro de pedir ajuda a Venus James e ela foi o meu norte, só tenho a agradecer a ela, ela me apresentou a instrumental de Esperança, senti uma vibe perfeita, explorei o criador dela e achei a instrumental de “Eu Escolhi Ser o Que Nasci pra Ser”. Outra faixa que também fluiu muito bem, a procura de mais instrumentais achei uma chamada FIRE FLY, não gostei do estilo, mas o nome me inspirou, e procurei uma instrumental que combinasse e mostrei a amigos, principalmente a minha madrinha e patroa, Caxxandra, que amava cada faixa e me inspirava dizendo que todas pareciam ser singles.
Quais músicas do seu novo álbum você pretende lançar como single?
Esperança foi lançada recentemente, mas eu já tinha planejado antes o 4º single, que será lançado no Grammy Station Virtual, e quero que seja surpresa, mas das outras faixas presentes nele, Matrix em colaboração com Zahara Luzon, outra pessoa que amo e admiro muito, seria muito bom lançá-la como single. “Eu Escolhi Ser o Que Nasci pra Ser” também tem muito potencial, tanto que performei ela no Radioboard 2021. Posso adiantar que a faixa mais aclamada do álbum, que sei que todos sabem qual é, será single e terá um clipe com maior investimento da era, algo diferente de tudo que lancei e diferente da própria estética da música, acho que é a primeira vez que irei nadar contra a maré, e sinto que será ótimo.
Você já tem planos para um próximo álbum? Se sim, pode nos adiantar alguma informação?
Tenho sim, mudei sua estética, mas já me achei, escrevi duas faixas, convidei duas artistas incríveis para participarem do projeto e quero investir em cada faixa e não lançar nada com pressa. Ele pode ser visto como uma continuação do Matrix, planejo ligar as eras, mas nada que tornará esse novo álbum uma sombra do anterior. O ponto final do Matrix será o ponto inicial do meu novo álbum, mas apenas visualmente, a nova era não será sobre fugir da Matrix, e seu conceito, embora cogito um dia fazer um Matrix Act II e fazer um filme de mais ou menos 20 minutos e contar a história das eras de forma coesa, coisa que planejava fazer no álbum atual mas deixei de lado por enquanto.
Mesmo sendo um dos poucos nomes ativos no IMPOP, você já almejou ir para outra plataforma? Se sim, por que?
Não, ainda estou no meu primeiro álbum, mas já fui pressionada a ir para o Second Life, como se o IMVU não valesse a pena para quem tem talento, mas me sinto segura no IMPOP, e sei que ainda há muito para explorar. O que quero trazer nessa era, estéticas diferentes, explorar o que todos taxam de limitado, movimentos diferentes, direções, não acho que o IMVU é algo temporário, como disse na entrevista anterior a Station Magazine, não escolhi o IMVU por ser fácil, pois fazer um trabalho bom nele não é, e exige dedicação, ele é uma plataforma consolidada com coisas novas e atualizações, sempre haverá algo mais a ser feito nele, e me sinto muito bem nele e estou ansiosa para explorá-lo em meu futuro álbum.
Você surgiu momentos antes de uma bomba explodir no Oddcast. Todos, aparentemente, estão com olhos bem abertos para novatos, e surgiram algumas teorias a respeito de quem Kelly Dee realmente pode ser, obviamente isso não acontece exclusivamente com seu nome, mas como você lida com as críticas e boatos que giram ao seu redor?
Essa é complicada.. fui chamada de laranja da Gabi, Rudimental, Katrina Prada, Louanna Grenadee, Jesy German, Regina Topher e outros que devo ter esquecido. Já provei o que tinha para provar, quem conversa comigo sabe meu jeito de agir, foi muito difícil começar sem saber com quem estava me metendo. Dei o máximo de mim para me redimir, provar que eu era uma boa pessoa e que estava do lado certo, atualmente não sofro tanto com isso embora ainda haja rumores de eu ser a Regina, sei que nós duas não estamos fazendo nada de ruim, e que tudo que quero aqui é me divertir e expressar meus sentimentos nas minhas músicas, as pessoas que se importam tanto em eu ser ou não laranja, deviam se preocupar com certas pessoas que pagam de boas mas fazem coisas horríveis e ainda mantém o papel de boa pessoa. De nada adianta apontar o dedo para um, e continuar alimentando as víboras, ou melhor dizendo, as cachorras que existem aqui. Continuar dando palco para certas pessoas só vai repetir o ciclo, e daqui a pouco veremos a Gabi de volta pegando mais novatos e essas pessoas que querem pagar de santos vão voltar pra mamar nas tetas da velha no mesmo segundo.
Em meio a tantas conquistas, seja em awards seja com o público, a era ‘Matríx’ passou por um certo aperto. O seu single, ‘Pandemônio’, sem ser o remix, foi removido do YouTube. Acredito que tenha sido um choque para você, como está lidando com isso?
Então.. Foi e ainda é muito complicado, o vídeo foi removido espontaneamente por uma pessoa do Oddcast. Eu estou me consolidando como artista não só no IMPOP, ganhei 4 prêmios esse ano sendo 1 deles um Grammy, e isso me abalou, mas superei. Estou ansiosa para o Grammy Station e provar que isso não mexeu em nada comigo, enquanto alguns fazem isso, roubam instrumentais e dizem terem feito, eu estou me consolidando, ganhando prêmios enquanto essa pessoa que fez isso acha não sei o que ela fez e chora para ganhar algo, mas com 5 anos de carreira nunca teve relevância. Pandemônio caiu mas quem fez isso também caiu, pois expus seu mal caráter para várias pessoas, e ela vai sentir os resultados do que fez em breve. Eu continuo aqui e não vou embora. Vão precisar de mais para me tirar do sério, e o passar do tempo vai mostrar qual de nós duas é uma artista melhor, e mostrar quem vai ser lembrada e quem vai ser esquecida.
Você produziu a música ‘Baila’ da Viviane Schuz, certo? Como aconteceu o convite? Como foi sua experiência?
Foi incrível, Viviane Schuz me contratou como produtora oficial dela em Terremoto de Sentada, estou a disposição de qualquer projeto que ela queira! Baila foi muito bom, sinto que é minha melhor produção e que todos irão adorar o novo hit da Vivi. Tenho uma ótima relação com a Katrina Prada, nos consideramos mãe e filha, desde que conheci ela admirei cada traço da sua carreira, e sua extensa carreira como produtora me inspirou a fazer o mesmo, me inspirou a aprimorar minha mixagem, tanto para produzir músicas para mais artistas quanto para melhorar meus próprios trabalhos. Quero ser apenas mais do que um momento passageiro de forma orgânica, me tornar uma produtora não pra ocupar espaço, mas porque vejo futuro em investir nisso, em aprender e me tornar independente.
Você pretende fazer mais músicas ou ajudar em projetos de outros cantores?
Ajudei a Daniella com Loucura Tropical, e estou a disposição de quem quiser uma produção composição ou qualquer outra coisa, no momento já realizei os projetos que tinha planejado, alguns ainda não lançados, e que irão causar muito, faixas muito boas com artistas consolidados. Fiquei muito honrada com os convites recentes, realizei colaborações que eu sonhava como Zahara Luzon, que amo muito, YuGa, Venus James, Zofia, Viviane Schuz, Blom e Caxxandra, mas adoraria participar de novos projetos com artistas como Victoria Dyer, Ariana Carper, Jesy German, Tammi ou Carmim, Freya Adgard e muitos outros que admiro muito.
Em nossa conversa antes desta entrevista, você falou muito sobre prêmios, vendas. Então eu lhe pergunto: Você se considera uma pessoa ambiciosa? Existem diferentes maneiras de ver isso, considera isso algo bom ou ruim?
Devo dizer que sim. É difícil gosta de perder, aprendemos a aceitar, as vezes o que sinto é que meu trabalho não é reconhecido, mas outras vezes tenho que admitir que não era minha vez. Uma carreira sem ambição não é nada, não enxergo o próximo degrau, mas o 10º a minha frente, as vezes boto um pé antes do outro chegar, se eu pensar apenas no presente, permanecerei nele, mas controlo minha ambição para nunca se tornar algo tóxico, fico feliz em ver meus amigos e artistas que admiro ganhando, então isso ser bom ou ruim depende do ponto de vista, mas vejo como algo meio a meio.
Como de costume, o que você acha que poderia melhorar no Oddcast?
Acho que muitos julgam antes de ver, antes de conhecerem, antes de ouvi nossas músicas. Também acho que pessoas que fazem coisas ruins deviam levantar a cabeça e admitir, e não querer dar lição de moral e dizer como os outros devem agir... Se você quer ser bom, seja superior, se quer ser mal, admita o que fez, não tenha medo, mas sei que existe muitas pessoas boas por aqui.
Alguma mensagem para seus fãs?
Vem muita coisa por aí, clipes novos, faixas, estou muito animada em ir para o estúdio novamente, investir tempo m cada faixa e trazer novas colaborações, que sairão em breve, um beijo para todos e muito obrigada a todos que me apoiam. E muito obrigada a RSV pelo convite.