STATION MAGAZINE: Amala, Kelly Dee e Zofia representam o futuro do IMPOP!

  • 22
  • novembro

    2020



Desde o início da década de 2010, o IMPOP se consolidou como uma das plataformas mais consolidadas dentro do cenário musical. Entre os altos e baixos na última década, a plataforma sempre ressurge das cinzas com novos nomes de destaque. Ainda nos primórdios, Caxxandra, Daniella Smagda e Gozzane eram um dos nomes mais marcantes e poderosos. No tempo de ouro do Impopers, tínhamos YuGa, Ritty, Xexenia, Vanessa Clark, Lexie Stone e inúmeros outros nomes. Um pouco depois, apareceu Lovalot BanksCoraline Holland, Van Vogue, Blom e até mesmo Vittoria Ametiste. Com o passar do tempo, muitos desses nomes se aposentaram e até mesmo trocaram de plataforma.


Por muito tempo, imaginou-se que o IMPOP estava em crise por conta das dificuldades advindas da própria plataforma. Entretanto, mesmo com essa "diáspora", é perceptível como a plataforma se mantém firme com Jesy German, Venus James e o David Kwon. Assim como no passado, novos nomes apareceram ao longo do ano de 2020. Seja com a excentricidade de Golly Golight ou com o sentimentalismo de Kelly Dee, o IMPOP se prepara para iniciar mais uma nova grande era.


Dessa forma, a Station Magazine convidou Amala, Kelly Dee e Zofia para uma edição histórica que celebra a música, o IMPOP e que também as define como um dos maiores nomes para o FUTURO dessa plataforma.


ZOFIA



Zofia, é um prazer recebê-la. Estamos diante de uma edição histórica da Station Magazine e o maior intuito é celebrar o IMPOP e as suas novatas. Da sua perspectiva como alguém que conhece o RPG há anos, é mais "fácil" ser uma novata com toda essa bagagem que você já carrega?
Obrigada, é um prazer estar aqui! Bom, pra mim, eu acho que não tanto, pois quando lancei meu debut single, ele era beeem amador. No tempo que passei fora, eu perdi algumas coisas e agora estou aprendendo um pouco mais sobre produção de música e edição de vídeo (algo que eu já deveria ter aprendido).

O álbum “A salvação não virá até você” foi lançado há alguns meses e recebeu bastante atenção. Durante o lançamento, você contou que se inspirou em Attack on Titan. Você pode nos contar um pouco melhor sobre as suas referências para o projeto?
Attack on Titan é uma das minhas obras favoritas de mangás e pra mim, é o anime do momento, então eu não poderia deixar passar, estava sem ideias para fazer mais músicas após SEGREDO e LIPGLOSS, foi quando tive a ideia de pegar varias referências e misturar com um pouco do nosso mundo real, no anime tem toda uma questão de guerra entre povos, o ciclo do ódio, ganância e isso tudo provavelmente, levará ao fim do mundo e aqui no mundo real não é muito diferente, estamos caminhando para o fim.

Como uma artista completa que produz e também compõe, qual seria a etapa mais difícil durante a elaboração de um disco?
Produção... sou péssima em fazer BPM, mas outra coisa que sou pior ainda é gravação e edição de clipes, ainda não sei fazer bom aproveito do IMVU, ele é muito limitado e sou mega preguiçosa, Golly sabe o quanto eu surto tentando fazer um clipe, alguns já foram engavetados por isso.

Você fez parcerias com a Jesy German, Golly Golightly e David no seu primeiro álbum. Como você chegou a esses nomes? Como foi trabalhar com esses artistas?
Chegar neles foi bem fácil, são meus vizinhos praticamente (companheiros de gravadora), achei bem legal colocar apenas o pessoal da KH nesse primeiro projeto. Certo dia eu estava criando uma música (Fica com Deus) e perguntei de bobeira no Golly se ele queria participar e ele aceitou, eu mandei a letra, era sobre uma pessoa que costuma ignorar mensagens ou simplesmente desaparecer e Golly disse ter dificuldades para escrever pois nesse caso ele era a pessoa que ignorava, mas ele acabou conseguindo fazer sua parte, a música foi refeita umas 3 vezes mas ainda assim não ficou perfeita, mas mesmo assim, STREAM FICA COM DEUS. Jesy nós conhecemos pelo seu conceito satânico religioso e David pela sua militância e eu estava querendo fazer uma música falando mal dos evangélicos, sobre suas hipocrisias e eu não poderia chamar outras pessoas a não ser Jesy e David, juntamos em um chat e começamos a dar ideias, houve alguns desentendimentos até a música ser concluída mas no final das contas deu tudo certo, é uma das melhores do álbum.

O videoclipe de “Antes Sofria, Agora Zofia” demonstra o como você está preocupada em passar todos os seus sentimentos não só liricamente como também visualmente. Como foi o processo de gravações do clipe? Podemos esperar mais algum videoclipe para “A salvação não virá até você”?
É um clipe básico, a ideia inicial era apenas cenas dela nua no gelo, em referência à personagem Ymir de Attack on Titan, mas depois eu adicionei cenas em outros lugares. A Zofia pelada no gelo mostra o quanto ela se sente vulnerável com seus sentimentos, o mascarado assassino que a ataca diversas vezes é como as paranóias que Zofia cria na mente e a impede de fazer as coisas muitas das vezes , no final do clipe ela encontra duas crianças que acabam transmitindo sentimentos de sinceridade, esperança, confiança, o que a motiva renascer das cinzas.

Existe uma pressão muito grande com as novatas quanto aos seus próximos passos. Zofia, qual é o próximo grande passo da sua carreira? O que podemos esperar para 2021?
Eu pensei em virar blogueira e ter um site de notícias e reviews, mas não tenho tempo para tal, estou com várias ideias para músicas, diversos conceitos, toda hora penso em algo diferente e já fico com vontade de fazer e lançar (um grande defeito meu, assim como meu álbum foi feito as pressas e lançado), um dia espero ser mais tranquila, criar com calma, organizar, planejar e lançar na hora certa, então, podemos esperar uma versão Deluxe do meu álbum talvez, ou um EP logo mais. O álbum ainda tem umas músicas muito boas que podem ser trabalhadas, eu não posso fazer música que já quero lançar, então eu não sei ao certo o que está por vir, mas pode ser que meus próximos álbuns sejam divididos em duas partes.


Muito obrigado pela entrevista! Pode terminar mandando uma mensagem para seus queridos fãs?
Eu que agradeço por poder fazer parte dessa maravilhosa revista. Aos meus fãs, quero dizer para se sensibilizarem com as causas, as pautas importantes, dar voz à aqueles necessitados, apoiá-los, ouvi-los e não se calar diante de situações de opressão, estudem sempre e não virem idiotas conservadores negacionistas ou crentes chatos, se virarem, saiam da minha fã base, dêem stream no meu álbum and eat pussy/dick, not animals.

KELLY DEE


Olá, Kelly! Toda a equipe fica grata que tenha topado esse convite. É uma edição memorável por reunir tantas revelações em uma só capa. Como é ser a capa da STATION Magazine?

Olá, eu que agradeço por ter sido chamada, é uma grande honra estar aqui junto a artistas tão importantes do impop, é a primeira vez que eu sou capa de uma revista e participo de uma entrevista e está sendo uma experiência muito boa.


“Realidade” foi lançada há alguns meses e foi a sua primeira música de toda a sua carreira, certo? Como surgiu a ideia para essa faixa?

Sim, "Realidade" foi minha estreia no oddcast, e meu processo criativo com ela é algo que me intriga até hoje, as vezes eu tenho um bloqueio criativo e ouço a música e penso, a primeira música que escrevi, a primeira batida que escolhi na vida, deu resultado a essa música que me rendeu indicações a ROTY e SOTY e eu fico sem acreditar como fiz isso, mas o processo dela foi algo bem rápido, foi a letra que escrevi mais rápida de todas as minhas músicas, só depois eu fui entender sobre o que eu tinha escrito, a letra fala sobre se tocar do que está acontecendo, agir, evoluir e aprender que nem tudo é como queremos, e que nós precisamos nos adaptar naquela realidade para o nosso próprio bem estar, pois nada é perpétuo.


Ainda sobre “Realidade”, é engraçado como ela ficou conhecida como a música de inúmeros remixes. Na verdade, você lançou apenas um remix com a Louanna e outro feito pela Katrina Prada. Como surgiu a ideia dos remixes?

Eu não sei explicar como isso aconteceu, isso começou como uma piada mas acabou virando uma memória falsa para muitas pessoas que acham que a faixa teve muitos remixes, acho que pelo fato de eu como novata estar fazendo um remix com a Louanna Greenade e ganhando um da produtora veterana Katrina Prada, foi algo que marcou muito a música, até mesmo ofuscando a versão original.


O seu primeiro EP apresentou um trabalho bem emotivo e até mesmo pessoal. Faixas como “Navio de Condolências” demonstra todo o seu talento como compositora. Como é o seu processo de compor?

Eu normalmente paro e digo para o meu cérebro sobre o que eu quero escrever e depois de organizo as palavras na minha cabeça, eu começo a pensar em alguns versos, e anoto cada um deles, vou criando as rimas, repensando cada palavra, e depois de um tempo vou atrás da batida para dar continuidade, na maioria das vezes começo a letra sem uma instrumental escolhida e depois vou atrás de uma, pode soar vago mas esse é meu método, parar e pensar, não forçar a ideia e esperar ela vim até você, ter calma é o melhor jeito de se escrever uma boa música.


Mais recentemente, você lançou faixas mais descontraídas. Entre elas, o sucesso “Medusa” e a canção “Serial Killer”. As duas faixas apontam para os próximos rumos na sua carreira?

Os meus próximos passos estão sendo um mistério para mim mesma, o fato de que o que eu fizer, vai dizer quem eu sou como artista, eu estou muito em dúvida sobre seguir a vibe de Medusa e fazer algo mais ácido, ou como em Seguir em Frente e fazer algo mais Pop. Sobre "Serial Killer", ela foi uma faixa pop por conveniência, a música veio como a idéia de eu fazer um single de halloween, mas acabou virando a oportunidade perfeita para eu trazer um novo clipe, já que meus antigos deixavam a desejar, no fim ela é algo neutro, independente do que eu seguir, ela continuaria sendo aquilo.


2021 promete ser um ano de grandes renovações. Sendo assim, acredito que o mais difícil para qualquer novata é se consolidar como artista e conquistar o seu espaço definitivo. Você se sente preocupada com isso? Se sente preocupada em perder logo o título de “novata” e passar a ser levada como uma grande artista no mercado?

Isso é algo que me preocupa bastante, eu sou indicada em diversos prêmios como Artista Revelação, e agora está na hora de ser uma artista, e é difícil correr contra o tempo para conquistar meu espaço, como novata eu sinto que cumpri meu dever, sou uma boa artista impop, faço boas músicas, fiz um EP que recebeu indicações a Melhor Álbum Impop, fiz agora o meu melhor clipe, mas agora está na hora de me consolidar como a artista que digo que sou, lançar um trabalho que seja bom no quesito produtivo, lírico e visual, e não mais em partes separadas, levar minha carreira mais a sério e pensar bem antes de lançar qualquer trabalho novo, como uma verdadeira artista faria, embora ainda tenha algumas premiações que ainda sou elegível como revelação, o ano está acabando, e não posso viver de novata para sempre, e garanto que meu próximo passo será firme, coeso e irá mostrar meu futuro no oddcast.


Obrigado pela entrevista! Poderia mandar uma mensagem para o seu estimado público?

Quero mandar um beijo e um abraço muito caloroso para todos, e dizer para todos os artistas novos que virão e que vão escolher uma das 3 plataformas, peço que deem uma chance pro Impop, eu poderia dizer que por que ele e fácil, mas ser fácil não foi o que me levou para ele, mas o fato de que não é preciso um número ilimitados de conteúdos e animações, uma resolução sem píxels para fazer algo bom, tudo que você precisa é ser um bom artista, e o Impop é uma ótima categoria para demonstrar isso, obrigada.

AMALA


Oi, Amala! É ótimo vê-la conosco aqui na sede da Station Magazine! Em sua curta experiência dentro do RPG, como você se sente representando o “futuro do IMPOP”?

Olá Station Magazine, estou feliz por está aqui e muito obrigada pelo convite. Eu fico honrada por receber um titulo tão importante e de tamanha responsabilidade, acho que pelo fato de não ter tanta experiência diferente dos outros, como Caxxandra ou Yuga, há um certo medo de acabar decepcionando e não receber aquilo que se quer por cada trabalho feito.


O IMPOP historicamente é marcado pela ousadia e talento de nomes como Caxxandra, Gozzane, Yuga e etc. Você acha que existe uma pressão para que essa nova leva de artistas do IMPOP consiga alcançar o mesmo impacto desses cantores citados?

Nossa, demais! Acredito que fora a responsabilidade de ser um bom cantor/cantora, você tem que se destacar sendo um dos melhores pra chegar a ser referências de grandes nomes citados na pergunta, minha meta é algum dia superar algum deles ou que tal todos eles? rsrs, estou sendo bem ousada em dizer isso, porém irei me esforçar bastante para ser honrada em ter o titulo e notoriedade.


No começo de novembro, você lançou o single “Arisen”. Durante o lançamento, você anunciou que a música representava o seu “renascimento”. O que você realmente quis dizer com isso?  Essa transformação citada aponta qual rumo você quer tomar no futuro?

Bom, como explicado no texto postando junto ao clipe eu pude renascer e resultando uma unica unidade de forma completa. Fora o conceito por trás da música que engloba também o meu futuro álbum, faz parte de toda uma narrativa desde da track 1 á track 9, que irei anunciar em breve (eu tô falando até demais, rsrs), mas isso não quer dizer que a cantora em sí não mudou, sim amadureci, melhorei meu trabalho em relação a composições e produções, fora os singles já lançados e as músicas também já prontas do álbum.


Dentro os artistas que levam o título de veteranos atualmente no RPG, quais são as suas maiores inspirações? Existe algum cantor que você gostaria de fazer uma parceria?

Eu diria que todos, são grandes artistas que merecem respeito e a fama que tem, não diria que tenho uma inspiração assim em relação a trabalhos e afins, mas é de um dia poder chegar onde ele já chegou, me entende? É eu amaria uma parceria com Ariana Carper, Venus James e quem sabe até uma porn music com a amada Emmy Leitão? (quem sabe um dia né?).


Existe uma clara evolução entre “Affair” e “Arisen”. É possível citar que você conta com o privilégio de ter cantoras renomadas por trás das atuais produções, mas você também evoluiu como artista e como compositora. Como está sendo esses últimos meses para você? Você está trabalhando em um álbum?

Agradeço muito a cada uma que me ajudou até agora (Van Vogue, Jesy German e Venus James), acredito que sem elas até o momento não seria nada. Nossa sim, se for comparar a composição de ''Affair'' com ''arisen'' sem dúvidas arisen é a melhor, graças ao meu expandir de horizontes pude melhorar, é também pelo fato ficar em apenas um conceito X, já que faz parte do meu novo projeto. Sim estou, um álbum que já tem titulo definido, o número de tracks também definido e até algumas músicas prontas e para deixar com um gostinho do que vem por ai, o álbum e divido em três sides, no primeiro se pode ver uma AMALA mais sentimental, singela e dependente de algumas coisas, já o segundo é onde toda transformação ocorre dai o arisen a meia noite muda tudo  e por fim o último side onde surge uma nova mulher sagaz, poderosa e confiante no que faz.


Desde já, gostaríamos de agradecer por ter topado essa entrevista conosco. Para finalizar, gostaríamos que você nos desse uma breve declaração sobre os seus próximos passos para 2021.

Eu que agradeço por ter sido convidada para ser capa deste mês e carregar esse titulo que é o de futuro do IMPOP, e para 2021 aguardem meu álbum debut que tenho prazer intitular de ''MODUS'', desejo boas festas a todos e um 2021 muito melhor e com bastante esperança no coração de todos, um beijo AMALA.




Fotos por Amala, Kelly Dee e Zofia
Edição por Vanessa Clark
Matéria por Circe Carmina Coppola