Desde o início da década de 2010, o IMPOP se consolidou como uma das plataformas mais consolidadas dentro do cenário musical. Entre os altos e baixos na última década, a plataforma sempre ressurge das cinzas com novos nomes de destaque. Ainda nos primórdios, Caxxandra, Daniella Smagda e Gozzane eram um dos nomes mais marcantes e poderosos. No tempo de ouro do Impopers, tínhamos YuGa, Ritty, Xexenia, Vanessa Clark, Lexie Stone e inúmeros outros nomes. Um pouco depois, apareceu Lovalot Banks, Coraline Holland, Van Vogue, Blom e até mesmo Vittoria Ametiste. Com o passar do tempo, muitos desses nomes se aposentaram e até mesmo trocaram de plataforma.
Por muito tempo, imaginou-se que o IMPOP estava em crise por conta das dificuldades advindas da própria plataforma. Entretanto, mesmo com essa "diáspora", é perceptível como a plataforma se mantém firme com Jesy German, Venus James e o David Kwon. Assim como no passado, novos nomes apareceram ao longo do ano de 2020. Seja com a excentricidade de Golly Golight ou com o sentimentalismo de Kelly Dee, o IMPOP se prepara para iniciar mais uma nova grande era.
Dessa forma, a Station Magazine convidou Amala, Kelly Dee e Zofia para uma edição histórica que celebra a música, o IMPOP e que também as define como um dos maiores nomes para o FUTURO dessa plataforma.
ZOFIA
KELLY DEE
Olá, Kelly! Toda a equipe fica grata que tenha topado esse convite. É uma edição memorável por reunir tantas revelações em uma só capa. Como é ser a capa da STATION Magazine?
Olá, eu que agradeço por ter sido chamada, é uma grande honra estar aqui junto a artistas tão importantes do impop, é a primeira vez que eu sou capa de uma revista e participo de uma entrevista e está sendo uma experiência muito boa.
Sim, "Realidade" foi minha estreia no oddcast, e meu processo criativo com ela é algo que me intriga até hoje, as vezes eu tenho um bloqueio criativo e ouço a música e penso, a primeira música que escrevi, a primeira batida que escolhi na vida, deu resultado a essa música que me rendeu indicações a ROTY e SOTY e eu fico sem acreditar como fiz isso, mas o processo dela foi algo bem rápido, foi a letra que escrevi mais rápida de todas as minhas músicas, só depois eu fui entender sobre o que eu tinha escrito, a letra fala sobre se tocar do que está acontecendo, agir, evoluir e aprender que nem tudo é como queremos, e que nós precisamos nos adaptar naquela realidade para o nosso próprio bem estar, pois nada é perpétuo.
Eu não sei explicar como isso aconteceu, isso começou como uma piada mas acabou virando uma memória falsa para muitas pessoas que acham que a faixa teve muitos remixes, acho que pelo fato de eu como novata estar fazendo um remix com a Louanna Greenade e ganhando um da produtora veterana Katrina Prada, foi algo que marcou muito a música, até mesmo ofuscando a versão original.
Eu normalmente paro e digo para o meu cérebro sobre o que eu quero escrever e depois de organizo as palavras na minha cabeça, eu começo a pensar em alguns versos, e anoto cada um deles, vou criando as rimas, repensando cada palavra, e depois de um tempo vou atrás da batida para dar continuidade, na maioria das vezes começo a letra sem uma instrumental escolhida e depois vou atrás de uma, pode soar vago mas esse é meu método, parar e pensar, não forçar a ideia e esperar ela vim até você, ter calma é o melhor jeito de se escrever uma boa música.
Os meus próximos passos estão sendo um mistério para mim mesma, o fato de que o que eu fizer, vai dizer quem eu sou como artista, eu estou muito em dúvida sobre seguir a vibe de Medusa e fazer algo mais ácido, ou como em Seguir em Frente e fazer algo mais Pop. Sobre "Serial Killer", ela foi uma faixa pop por conveniência, a música veio como a idéia de eu fazer um single de halloween, mas acabou virando a oportunidade perfeita para eu trazer um novo clipe, já que meus antigos deixavam a desejar, no fim ela é algo neutro, independente do que eu seguir, ela continuaria sendo aquilo.
Isso é algo que me preocupa bastante, eu sou indicada em diversos prêmios como Artista Revelação, e agora está na hora de ser uma artista, e é difícil correr contra o tempo para conquistar meu espaço, como novata eu sinto que cumpri meu dever, sou uma boa artista impop, faço boas músicas, fiz um EP que recebeu indicações a Melhor Álbum Impop, fiz agora o meu melhor clipe, mas agora está na hora de me consolidar como a artista que digo que sou, lançar um trabalho que seja bom no quesito produtivo, lírico e visual, e não mais em partes separadas, levar minha carreira mais a sério e pensar bem antes de lançar qualquer trabalho novo, como uma verdadeira artista faria, embora ainda tenha algumas premiações que ainda sou elegível como revelação, o ano está acabando, e não posso viver de novata para sempre, e garanto que meu próximo passo será firme, coeso e irá mostrar meu futuro no oddcast.
AMALA
Oi, Amala! É ótimo vê-la conosco aqui na sede da Station Magazine! Em sua curta experiência dentro do RPG, como você se sente representando o “futuro do IMPOP”?
Olá Station Magazine, estou feliz por está aqui e muito obrigada pelo convite. Eu fico honrada por receber um titulo tão importante e de tamanha responsabilidade, acho que pelo fato de não ter tanta experiência diferente dos outros, como Caxxandra ou Yuga, há um certo medo de acabar decepcionando e não receber aquilo que se quer por cada trabalho feito.
O IMPOP historicamente é marcado pela ousadia e talento de nomes como Caxxandra, Gozzane, Yuga e etc. Você acha que existe uma pressão para que essa nova leva de artistas do IMPOP consiga alcançar o mesmo impacto desses cantores citados?
Nossa, demais! Acredito que fora a responsabilidade de ser um bom cantor/cantora, você tem que se destacar sendo um dos melhores pra chegar a ser referências de grandes nomes citados na pergunta, minha meta é algum dia superar algum deles ou que tal todos eles? rsrs, estou sendo bem ousada em dizer isso, porém irei me esforçar bastante para ser honrada em ter o titulo e notoriedade.
Bom, como explicado no texto postando junto ao clipe eu pude renascer e resultando uma unica unidade de forma completa. Fora o conceito por trás da música que engloba também o meu futuro álbum, faz parte de toda uma narrativa desde da track 1 á track 9, que irei anunciar em breve (eu tô falando até demais, rsrs), mas isso não quer dizer que a cantora em sí não mudou, sim amadureci, melhorei meu trabalho em relação a composições e produções, fora os singles já lançados e as músicas também já prontas do álbum.
Dentro os artistas que levam o título de veteranos atualmente no RPG, quais são as suas maiores inspirações? Existe algum cantor que você gostaria de fazer uma parceria?
Eu diria que todos, são grandes artistas que merecem respeito e a fama que tem, não diria que tenho uma inspiração assim em relação a trabalhos e afins, mas é de um dia poder chegar onde ele já chegou, me entende? É eu amaria uma parceria com Ariana Carper, Venus James e quem sabe até uma porn music com a amada Emmy Leitão? (quem sabe um dia né?).
Agradeço muito a cada uma que me ajudou até agora (Van Vogue, Jesy German e Venus James), acredito que sem elas até o momento não seria nada. Nossa sim, se for comparar a composição de ''Affair'' com ''arisen'' sem dúvidas arisen é a melhor, graças ao meu expandir de horizontes pude melhorar, é também pelo fato ficar em apenas um conceito X, já que faz parte do meu novo projeto. Sim estou, um álbum que já tem titulo definido, o número de tracks também definido e até algumas músicas prontas e para deixar com um gostinho do que vem por ai, o álbum e divido em três sides, no primeiro se pode ver uma AMALA mais sentimental, singela e dependente de algumas coisas, já o segundo é onde toda transformação ocorre dai o arisen a meia noite muda tudo e por fim o último side onde surge uma nova mulher sagaz, poderosa e confiante no que faz.
Desde já, gostaríamos de agradecer por ter topado essa entrevista conosco. Para finalizar, gostaríamos que você nos desse uma breve declaração sobre os seus próximos passos para 2021.