STATIONCRITIC: Ariana Carper, Afrodite Jackson e Freya Asgard



Ariana Carper - Hoje Eu Vou Ditar as Regras

Por Vanessa Clark 

Ariana Carper conseguiu construir uma carreira sólida transitando em projetos mais introspectivos e sentimentais. A compositora de “Era Uma Vez…” evoluiu consideravelmente durante os últimos anos, destacando-se pelo sentimentalismo de “Espelho” e “Labirinto”. “Hoje Vou Ditar as Regras” surge com uma nova fase da sua carreira, onde ela se apresenta ainda mais madura - mesmo trabalhando com temas menos sérios. É uma reinvenção na carreira de Carper, mas sem perder a sua singular personalidade.

Já dei todos os sinais que só quero te usar”, ela exclama em uma letra carregada de empoderamento feminino e sobre liberdade. Em um refrão cativante, ela canta: “Hoje irei ditar as regras / Pois sou eu que faço a festa”. Carper cria um música com potencial de ser um dos maiores sucessos da música virtual. Ela brilha com versos bem planejados e que funciona perfeitamente bem como uma música engraçada e libertadora. A produção de Mc Nightingale também é um ponto alto, pois consegue trabalhar com êxito com os pequenos detalhes e efeitos utilizados no fundo dos vocais de Carper.

Sou a Pequena Lady preparada para ganhar / Uma mulher fatal preparada para ganhar”, ela afirma em outro momento com uma clara referência a “Pequena Lady”, um dos seus singles de maior sucesso. Por fim, é interessante como Ariana Carper amadureceu e construiu uma sólida e respeitada carreira. Por fim, “Hoje Vou Ditar as Regras” será uma dessas músicas atemporais dentro da Radio Station.


Afrodite Jackson - Quem Sou Eu?

Por Vittoria Ametiste 


O nome dela é polêmica! Afrodite Jackson debuta com seu single, "Quem Sou Eu?", onde a versão original era com participação da Nisa Turgut. Entretanto, devido algumas ameaças, Afrodite lançou a versão clean da música sem os vocais de Nisa. A letra é cheia de shades a quem a acusava de laranja, o que foi desmentido pela própria. A faixa carrega uma composição forte e que chama atenção em todos os versos. Quanto à sonoridade, ela consegue fluir bem com a temática escolhida. O que esperar de Afrodite Jackson no restante do ano? Vamos aguardar, pois ela é definitivamente uma das maiores apostas para este ano.


Freya Asgard - ShowCase

Por Vanessa Clark 

Há quatro meses, Freya Asgard surgiu no cenário musical com participações especiais em canções de outros cantores. Naquele momento, ninguém imaginaria que ela seria a mais nova promessa da música virtual. Quando anunciou o seu primeiro disco de lançamento, ela descreveu como “uma analogia ao lado oculto, aquele lado intimista e introspectivo onde todos nós temos e vamos principalmente quando estamos sozinhos”. De fato, a cantora conseguiu trabalhar com êxito com esse lado introspectivo dos nossos próprios sentimentos.

“Sabotagem”, a faixa de abertura, demonstra bastante isso. A música aborda basicamente sobre obstáculos e empecilhos que nos atrapalham na hora de realizar tarefas ou conquistar objetivos, ou seja, sobre a auto sabotagem. “A ansiedade é um animal silencioso / que te corrói, te corta e te deixa curioso”, ela declara. O ponto positivo de todo o disco está na atmosfera misterioso que a cantora constrói em todas as faixas. Tal atmosfera não é composta somente pela sonoridade, mas também por composições bem feitas e repletas de nuances. 

É interessante como a cantora analisa todos os seus íntimos sentimentos em cada faixa. Em “Fantoches”, por exemplo, ela canta sobre um relacionamento controlador, que tenta a desestabilizar a todo momento. Nas demais faixa, ela continua trabalhando outras questões pessoais. A produção também é notória, principalmente quando a artista adiciona samples que corroboram ao resultado final instigante da canção. “Mentir é a melhor diversão que uma garota pode ter sem tirar a roupa”, o sample ecoa logo no começo de “Quadros”.

A linearidade do álbum, às vezes, passa uma sensação monótona, mas a cantora rapidamente traz um frescor com as participações especiais do álbum. Em “Hydroponica”, por exemplo, a Karina Rooper se torna uma ótima aquisição com a sua voz indistinguível. Em outros momentos, basta a excelente composição de Asgard para torna uma canção sólida e fascinante.

Por fim, “Showcase”, o primeiro disco de estúdio da Freya Asgard, destaca-se pela sua coesão e linearidade sonora. Asgard acerta ao construir uma atmosfera misteriosa e envolvente com faixas bem escritas e com uma sonoridade bem sedutora. Dentro desta leva de novos cantores virtuais, a artista consegue apresentar uma personalidade original e um talento singular em compor canções íntimas e sentimentais.