STATION MAGAZINE: Mia Lux fala sobre falta de reconhecimento, último álbum, críticas e muito mais!


Mia Lux é uma das sensações pop do momento! "Motherlode", o seu último álbum de estúdio, foi um sucesso de vendas e ainda teve participações mais do que especiais! Mia Lux continua colhendo os frutos do sucesso, enquanto se prepara para mirar ainda mais alto nos próximos passos da sua carreira.

Em uma entrevista exclusiva para a Station Magazine, ela abriu o jogo em relação às críticas, às premiações, à sua antiga gravadora (Good Girls Records), às polêmicas da Radio Station e muito mais! Confira na íntegra:


RSV: “Motherlode” foi um divisor de águas para sua carreira. Apresentou uma Mia Lux mais criativa, segura e aberta a diversos temas. Como foi o processo criativo do álbum?

Mia Lux: Foi o processo mais importante da minha carreira. O Motherlode não só lançou a MIA LUX, ele foi a chave para eu me descobrir como artista, para encontrar minha real personalidade visualmente e sonoramente. Não foi um processo muito longo como tinha que ser, eu admito que minha ansiedade impediu que eu desse o tempo suficiente para evoluir. Isso foi o real motivo do Motherlode não agradar a todos, mas tenho certeza que ele foi um bom início de evolução.


“Motherlode” também é o primeiro álbum assinado como Mia Lux. Como surgiu a Mia Lux e qual a diferença dela para a Mia Thompson?

A Mia Thompson é uma personagem completamente diferente da MIA LUX, tanto na questão de personalidade como na visão artística. Mia Thompson foi criada durante um tédio, uma vontade de fazer algo para preencher o tempo, só que ela foi construída sem nenhuma experiência nem planejamento, ou seja, tudo na carreira dela deu errado. Então eu prefiro na maioria das vezes não ser associada a ela pois essa personagem representa uma fase muito ruim de mim mesma, algo que não soa como a artista que eu desejo ser ou sou hoje em dia.


Qual a principal diferença entre o seu primeiro álbum, o Domination, e o último lançado, o Motherlode? O que mudou em você nos últimos dois anos?

Tudo. Composição, produção sonora e visual, planejamento, conceito, profissionalidade, dedicação, e paixão. Domination e Império Maldito foram feitos em apenas 1 dia, hoje em dia eu me envergonho disso, mas tenho orgulho do quando evoluí e quero deixar isso exposto para que as pessoas me levem a sério como artista, eu amo fazer o que eu faço e amo muito mais quando ganho o reconhecimento das pessoas.


Para último álbum, você convidou Shakiria Gaga, Raquelusho e Thalia para as parcerias musicais. Como surgiu a ideia de convidar nomes tão consagrados? E como foi trabalhar com elas?

Bem, elas são muito amigas minhas, e artistas que eu amo muito no RPG, sou fã número #1 da Raquel. A Shakiria parou no meu disco pois ela também faz músicas cômicas, achei que ela se encaixaria muito bem em 'Solitária', onde ela faz o papel de minha mãe que já é uma consideração de longa data. Quanto a Raquel e a Thalia eu fiz questão de convidar ela para participar do álbum, já que elas me ajudaram tanto, tanto, mas tanto mesmo, no meu processo de evolução e eu amo muito elas e sou muito grata a tudo que elas fizerem por mim.


O que foi mais difícil para você: compor ou produzir as músicas? Em enquanto as composições, você prefere algo mais apimentado como “Solitário” ou algo mais emocional como “Diga-me?”

As duas coisas são difíceis, exige muita dedicação, mas acho que a parte da produção foi a que mais demorei para pegar a prática, e ainda acho que eu preciso evoluir nisso. Ainda não tenho opinião sobre letras, toda música para mim que tem uma letra que faça sentido e que rime é o suficiente.


Falando em “Diga-me”, você anunciou que é a música mais pessoal da sua carreira e aborda sobre o fim de um relacionamento. Como é escrever algo tão íntimo? Você pretende arriscar mais disso nos próximos trabalhos?

Eu achei muito confortável trazer uma história off para uma música do RPG, foi como um desabafo. Eu pretendo trazer muito mais no meu próximo disco que já está sendo produzido, mas desta vez coisas pessoais também do RPG.

“Diga-me” também possui uma vibe “letras tristes com batidas agitadas”, algo bem característico em cantoras como Robyn. Outra coisa elogiada pelo público foi os elementos de rock no final da música. Podemos aguardar mais rock em seus futuros projetos?

Claro que sim! Um fato que me inspirou colocar um trecho da música em Heavy Metal foi obviamente, o que todooos sabem ksksks, a Lady Gaga e seu aclamadissimo álbum "Born This Way", que trás um pouco de rock como ritmo. Lady Gaga é a grande inspiração da minha vida, não ha ninguém que eu ame mais que ela!


Recentemente, você quase abandonou o cenário musical e chegou a anunciar nas suas redes sociais. O que te levou a este motivo?

A falta de reconhecimento que eu ando tendo pelo RPG, eu sinceramente não estou muito feliz com os resultados dos meus esforços, é claro que tem pessoas que eu amo muito que fazem de tudo para me ver feliz e para me ajudar, mas 1 pessoa negativa ja é o suficiente para me abalar, acredite ou não, eu sou muito frágil.


Analisando os últimos acontecimentos do RPG, como você se sente neste atual cenário? As coisas estão melhorando ou ainda há muito para mudar?

Estou muito triste por saber que frequento um ambiente de tanto ódio gratuito, mas feliz em saber que existem pessoas que estão querendo e fazendo com que tudo mude. Aguardo ansiosamente para as mudanças que virão.


Você fez parte da Good Girls Records e trabalhou diretamente com a Rudimental. Como era o clima dentro da gravadora? Você, como artista e dona da GG, imaginava que ela era tão racista?

Eu também era dona na Good Girls Records. Eu, Rudimental e a Ariana Carper fundamos essa gravadora quando saímos da Praia Iluminada. Eu sinceramente não chegava a imaginar que ela era racista, tanto que quando saiu aquele comentário sobre a Zahara eu não quis acreditar porquê eu já convivi muito com ela e nunca flagrei nenhuma atividade do tipo, mas a mascara dela caiu no exposed que a Ariana fez, e descrevendo o que sinto com essa atitude em uma palavra, é nojo.


O que você espera que mude - para melhor - dentro do RPG?

O fim das panelinhas. Acho isso totalmente horrível e é muito ruim para as novatas, elas se sentem afastadas de todos bem no início da carreira, isso é bem desmotivante. Outra coisa que eu também acho ruim é o modo como as pessoaa reagem a criticas negativas, acho que falta maturidade para muitas pessoas porque não pode uma pessoa discordar que isso vira uma tempestade num copo d'água.


Voltando a falar sobre os seus projetos, pode citar alguns artistas que gostaria de colaborar no futuro?

Claro! Jesy German, Maicow Reveley, Sara e Venus James são nomes que eu tenho muita vontade de colaborar.



Em relação às premiações e críticas, como você se sente? Você acha que é um ambiente de favoritismo?

Favoritismo sempre existiu e sempre vai existir, é claro, mas eu procuro sempre levar críticas e prêmios para o lado profissional e buscar sempre melhorar quando o resultado é negativo.


Quando você cria um álbum novo, você costuma a pensar sobre o que a crítica especializada vai pensar? Ou se o álbum vai levar prêmios?

Não sou gananciosa, eu faço o que me agradar, como se eu fosse me premiar. Prêmios e críticas são as consequências disso, depende muito do posto de vista dos críticos e jurados.




Além de compositora e produtora, você também se revelou uma ótima diretora de videoclipes. O clipe de “Lá Vem o Karma” está imperdível. Como é dirigir e editar os próprios videoclipes?

Muito divertido, eu amo editar. Primeiramente, antes de saber mexer no editor de vídeos, eu achava que era um bicho de sete cabeças, um enigma, mas depois que eu peguei a prática virou uma forma de prazer pessoal, é muito gostoso. Mas na hora de gravar é bem triste, o the Sims não é uma plataforma muito boa, mas eu tenho que dar o máximo de mim.


Por fim, quais são os próximos passos da sua carreira?

Algumas coisas ainda estão no papel, outras no Audacity. Recentemente assinei contrato com a Kleine Huren Records, e lá para dentro lançar o meu próximo álbum que deve sair em meados de junho/julho do ano que vem, quero dar tudo de mim nesse projeto.

Poderia deixar uma mensagem final para os seus fãs?

Luxers, não deixem de ser quem vocês são por que algumas pessoas não gostam, vocês são incríveis simplesmente por serem vocês!

Matéria por Vanessa Clark
Capa de Vanessa Clark
Fotos e edição por Mia Lux

Capa alternativa da Edição de Agosto