Shanna Evans está com álbum novo marcado para chegar às lojas ainda este ano, mas, antes dela lançá-lo oficialmente, não poderíamos deixar de lembrar do álbum mais icônico da música virtual.
"Filthy" foi lançado em 2014, e não tinha intenção de se tornar um dos maiores marcos da Fake Pop, mas acabou se tornando graças a grandes polêmicas envolvendo sua intérprete na época, onde o meme "Tu tá metido com Filthy?" ficou na boca do povo por diversos meses. Então, hoje (14), quase três anos depois do álbum ter sido lançado, vamos descobrir se é realmente ruim estar metido com Filthy.
O disco é aberto pela ótima "Itadakimatsu". Com instrumental marcante e produção impecável, nesta faixa, Shanna diz que se saiu muito melhor como prostituta do que como universitária e que gosta de viver a vida de forma ousada, quando diz "Apresento a vocês o meu mundo, um mundo de luxúria sexual". Um grande destaque do disco, que daria ótimos retornos se tivesse se tornado single.
Prosseguindo, temos mais um ponto alto do disco. Nesta faixa, Shanna e Shakiria revelam seu vício em gastar dinheiro e que gostam de passar o seu tempo em lojas comprando e comprando cada vez mais. A instrumental da faixa soa bem radiofônica e a produção acompanha seu ritmo, a tornando num grande hit em potencial, porém, mal aproveitado. "Sou uma mulher compulsiva, se você me der dinheiro te darei a perseguida. Sou uma mulher compulsiva, quase que ninfomaníaca [...]".
Outro grande potencial do disco, "Descaradamente Gostosa" era nossa última tentativa de continuar acreditando nas escolhas de single de Shanna, e, por sorte, ela não nos decepcionou. Nesta faixa, Shanna vangloria a si mesma, em especial a sua aparência, e diz que conseguiu várias coisas por ser gostosa e que usa a sua beleza como passe livre para ser o mais descarada que conseguir. O ponto alto da faixa é quando a faixa cresce no seu refrão, formando um dubstep enquanto Evans repete as falas "Descarada, gostosa".
O disco segue a mesma linha de sonoridade, com faixas mais animadas, feitas para serem hits, porém, o ritmo cai um pouco em "Mustache". Com uma instrumental que soa como uma música da trilha sonora de animes como "Dragon Ball" e "Naruto" no seu refrão, a faixa se encaixa bem no disco e não chega a ser ruim, mas também não é um dos pontos mais fortes do material. A produção se encaixa bem na faixa, apesar de às vezes soar repetitiva e de ter uns pequenos desfalques no preenchimento da timeline, fora isso, é uma boa faixa e não a descartaria do material.
Este foi o primeiro single oficial da era, e não poderia ter iniciado melhor. "Encorpada" é um smash hit em potencial que Shanna espertamente enxergou, o dando não apenas um videoclipe, e sim TRÊS. Nesta faixa, Shanniron zomba da cara de uma mulher aproveitadora que casa com maridos ricos para fazer inúmeras plásticas no seu rosto e corpo, o que acabou a deixando deformada. Instrumental marcante, produção presente e pontual com os limites da timeline e uma composição repetitiva nos pontos certos tornam esta uma das melhores faixas do disco. "Encorpada, essa mulher não vale nada, rinoplastia não resolve seu problema [...]. Trancada em uma jaula, essa mulher não tem condições psicológicas, mas está pronta para ser usada".
06. 고급스러운 눈물 (A Wild Desavença Appears)
Continuando, temos "A Wild Desavença Appears", uma faixa onde Shanna descarrega todo o seu ódio referente a uma pessoa anônima, que pode ou não pode ser real. A produção da música casa perfeitamente com a instrumental, que, apesar de não ser tão forte, é gostosa de se ouvir. É uma boa faixa, mas não teria a feito de single com tantos outros destaques presentes no disco.
Nesta faixa, Shanna se declara uma especialista em sexo e revela que, se pudesse, o faria o tempo todo e ainda convida um homem para fazer suas "Safadezas Ocultas". A instrumental da faixa se destaca perante as outras e a sua produção, apesar de repetitiva, não se torna enjoativa em nenhum momento. É um ponto alto do disco, mas talvez não fizesse tanto impacto se fosse enviada para as rádios.
Single promocional do disco, "BDSM" é um grande destaque do mesmo. Com uma instrumental forte e distinta da sonoridade do resto do material, a faixa não se desconecta ou se mantém distante das outras faixas. Nesta faixa, Shanna se revela uma mulher masoquista, que gosta de receber agressões na hora do prazer e que tem fetiches ousados e diferentes do comum. A produção acompanha perfeitamente a instrumental e a composição, apesar de soar confusa, é um ponto forte da faixa.
Como nem tudo são flores, temos aqui um ponto fraco do disco. "R.I.P Peru" tem uma instrumental morta e uma composição fraca. Apesar da produção de Shanna ser caracteristicamente boa, nem ela conseguiu salvar esta faixa.
10. Ditadura Gay
Subindo novamente o ritmo, temos "Ditadura Gay", onde Shanna conta a história de um homem gay que se tornou ditador e ordenou que todas as mulheres se tornassem lésbicas e que os homens se tornassem seus escravos sexuais. A instrumental é superior a da faixa anterior, mas soa irritante em alguns momentos e a produção peca por ser muito repetitiva, tornando a faixa chata.
11. Korean Jesus + Black Judas (ft. Tanusha)
Fechando o disco, temos a comercial "Korean Jesus". Comercial pelo fato de trazer um tema polêmico que é a comparação dos seres negros a Judas, porém, sabemos que a faixa não se passa de uma tentativa de marketing quando Tanusha, uma cantora que sempre prezou pelo empoderamento negro, aceitar colaborar na faixa. A letra é o ponto mais forte da canção, que tem a produção um pouco inferior por trazer a voz das intérpretes um pouco mais baixas que a instrumental em alguns momentos, porém, não se torna ruim, pelo contrário, encerrou o disco como ele merece.
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Apesar de toda a polêmica de 2015, "Filthy" é um bom álbum, um ÓTIMO álbum para falar a verdade. Traz uma diversidade de gêneros e se mantém coeso em todos os momentos, até mesmo as faixas mais fracas do disco se conectam com o restante do material, o que o torna mais atrativo. Com composições ousadas e produções marcantes e específicas para cada instrumental, Shanna mostrou a todos neste disco o porquê é chamada de Princesa do Pornopop, e se um dia Shakiria Gaga renunciar o trono, ela está pronta para ocupá-lo.
Formado por diversos hits em potencial, o disco realmente tinha potencial artístico para se tornar um dos mais icônicos da música virtual, mas acabou se tornando um destaque da forma errada, mas o que não tira o mérito do mesmo, pois, mesmo na época da polêmica e de todas as intrigas, todos sempre reconhecemos que "Filthy" é um bom disco e que, apesar de suas atitudes desprezíveis da época, Evans tinha que receber o seu mérito por produzir um disco tão bom e tão bem produzido e montado como este. E respondendo sua pergunta, eu estou metida com Filthy SIM, e você, por que não está?
